Willem Buiter, um ex-integrante do Banco da Inglaterra, lançou um alerta sobre o ouro, afirmando que ele pode estar entrando numa bolha a partir de 2025. Em um artigo publicado no Financial Times, ele sugeriu que os bancos centrais aproveitem esse momento para vender suas reservas de ouro.
Se isso realmente acontecer, poderíamos ver uma queda significativa no preço do metal precioso. Para se ter uma ideia, o ouro tem sido o investimento que mais se valorizou este ano. Em janeiro, uma onça troy estava avaliada em cerca de US$ 2.771,00. Agora, no dia 13 de outubro, esse preço superou os US$ 4.099,00, o que representa uma impressionante alta de 48% em 2025.
Atualmente, Buiter atua como consultor econômico independente e tem um currículo recheado de experiências em economia, tendo inclusive sido Professor e Economista Chefe em instituições renomadas. Mesmo com a animação do mercado, ele alerta que essa “bolha” é motivo de preocupação.
Indicadores do ouro demonstram fundamentos de compra, mesmo com alerta de ex-Banco da Inglaterra
Com o preço do ouro se aproximando dos US$ 4.100,00 por onça troy, as análises de mercado estão de olho nos indicadores técnicos. Dados de plataformas como o Investing mostram que as sinalizações nos gráficos estão bastante promissoras, com as principais médias móveis indicando a hora de comprar.
Entretanto, é sempre bom lembrar que investir deve ser uma decisão bem pensada, baseada em estudos. Comprar quando o ativo está perto de uma alta histórica pode significar adquirir no pico do mercado. Contudo, a situação atual do ouro sugere oportunidades, afinal, ele é considerado uma das reservas de valor mais confiáveis do mundo.
Ouro versus bitcoin, teorias de reservas de valor em momentos de crise global
Quando colocamos o ouro ao lado do bitcoin, a comparação em 2025 mostra que o primeiro teve um desempenho melhor. Enquanto o ouro disparou, o bitcoin teve um retorno de apenas 22% de janeiro até agora, com valor de US$ 113 mil por unidade nesta segunda-feira.
Neste ano, o mundo enfrentou várias tensões econômicas, principalmente com o aumento das taxas de juros nos EUA e os desdobramentos geopolíticos envolvendo a China e conflitos como os da Gaza e Ucrânia. Esses eventos contribuíram para a alta simultânea do ouro e do bitcoin, sublinhando seu potencial como reservas de valor em tempos incertos.
Apesar das quedas recentes no mercado de bitcoins, a rede continua ativa, realizando transações diariamente. E para muitos investidores, o acesso ao ouro está se dando também através de stablecoins, como a XAUT, da Tether, que diversificou a forma de interagir com esses ativos.
Por isso, a conexão entre o universo cripto e o ouro só tende a se fortalecer, com o valor de mercado do bitcoin já ultrapassando o da prata. Acompanhar essas movimentações pode ser a chave para entender onde investir e proteger seu patrimônio.
